Na praça Ari Coelho
também sou um velho jogador de damas que perde, vence, ri e debocha...
Como é prazeroso esquecer a vida em cima de um tabuleiro durante a partida!
Nada de conflitos existenciais,
nada de filosofias,
nada de questões éticas ou morais:
só a partida, a tática da partida, e nada mais...
Que importa o problema do ser?
Se a essência precede ou não a existência?
Que importa a teoria do conhecimento?
Se o realismo objetivo é o que mais convence?
Que importância tem a questão Deus?
Se Ele existe ou não; e existindo, como ele é?, como devo agir, como devo ser?
Na praça Ari Coelho
junto com outros jogadores
não sou filósofo, não sou poeta, não sou professor nem nada: apenas jogo.
Lá ninguém me escuta falar de Sócrates, Platão, Aristóteles, Kant, Apel ou Nietzsche.
Não falo de Proust, de Baudelaire, de Rimbaud.
Não falo sobre as teorias científicas.
Me calo diante das possíveis formas de governo, não ensino, não levo ninguém à reflexão!
Repito: apenas jogo,
e perco,
e ganho,
e dou risadas, olhando por cima das lentes dos óculos...
Glauber da Rocha
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Eia, vinte e sete anos quase trinta quase trinta, Deus do Céu, e nem uma moto ainda! Eu devia ter no máximo dez anos meu irmão, uns oito; a ...
2 comentários:
Você apresenta Campo Grande, MS, de uma forma tão linda que só podemas ficar mais apaixonados. Parabéns!
www.inivaldogisoatoleitor.blogspot.com
obrigado, Inivaldo!
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